domingo, 25 de novembro de 2007

Sobre o Início...

Agora sim um post decente! :]
No outro eu estava muito filosófico, e isso não é muito de mim, geralmente falo as coisas sem pensar muito nas consequências (será um defeito ou uma qualidade?, melhor anotar para futuras entrevistas de emprego!).
Vcs devem estar pensando: - "Será que ele vai falar sobre o início da vida, do universo e tudo mais?", e ae Lombardi!!! será que eles acertaram?
Pééééééééééééé!!!!!! resposta errada Silvio!

O modo como terminei fazendo física aqui em São Carlos dá uma boa história, acho que dá pra entreter o leitor pela próximas 2 horas... não que eu vá escrever muito, mas com certeza vcs vão ficar +- 1:45 minutos rindo e filosofando sobre como achamos que temos o controle de nossas vidas e na verdade hum... como diria um amigo meu, o coragem, Deus é um grande piadista!

Eu fiz colegial técnico de informática na FITO, lá em Oz. Não vou entrar em detalhes dessa época, pois afinal, o nome desse blog é "causos de uma graduação", certo? Pois bem, quando cheguei no terceiro colegial, era época de prestar vestibular, e como fazia informática, por lógica de continuar no ramo e não jogar a merda do diploma de técnico no lixo, resolvi que iria pestar Computação na USP São Carlos. Chegando no final do ano, eu e uns colegas do colégio prestamos a bendita FUVEST, e.... não passamos nem da primeira fase :]

Como ainda tinha mais um ano no colégio (o colegial técnico era de 4 anos), não me desesperei muito por não ter passado. Não iria me atrasar tanto, então blz! Como vi que não estava muito bem, resolvi no 4 ano fazer cursinho. Virei um zumbi! Eu trabalhava de manhã e a tarde, fazia o técnico de noite e aos sábados fazia cursinho o dia inteiro! Eu vivia acabado! A ponto de não conseguir controlar o sono no ônibus, pender a cabeça e levar uma baita cotovelada de uma gostosa que sentava do lado...

Novamente, chegou o final do ano, e dessa vez eu pensava em um curso diferente. Eu queria ajudar a humanidade em alguma coisa, e não apenas encher os bolsos de dinheiro fazendo computação... aí eu vi um curso que parecia ser interessante, informática biomédica na USP Ribeirão Preto ( :] ), eu continuaria na área da informática e com esse negócio de biomedicina possivelmente poderia tentar fazer algo útil pra humanidade. Dessa vez, passei na primeira fase, mas... não na segunda...caralho! "Deus escreve certo por linhas tortas", se alguém me dissesse isso eu mandaria tomar bem naquele lugar... mas o pior é que esse alguém estaria mais do que certo...

Bom, agora sim, realmente perdi um ano... puta merda... então nesse novo ano, resolvi apenas trabalhar e fazer cursinho a noite. Dessa vez eu me esforçaria pra caralho, queria ver eu não passar nessa pocilga... Esse também foi o ano de prestar concursos, minha mãe me fez eu prestar vários concursos (guardem bem essa frase). Outra coisa que aconteceu nesse ano, foi a troca recorde de empregos em um único mês, foram 4! É... minha vida profissional andava meio volátil procurando minha vida universitária...

Continua no próximo episódio :]

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Sobre o Futuro...

Acreditem, eu também não queria que o primeiro post do meu blog fosse tão estranhamente profundo, filosófico e acima de tudo (pelo menos pra mim) depressivo... Isso vindo de mim, que geralmente recebo as pessoas com um sorriso no rosto e um abraço amigo, aliás, eu nem imaginava que essa palavra fizesse parte do meu vocabulário, palavra essa que eu só fui descobrir o verdadeiro significado aqui na faculdade.

Enquanto escrevo isso, estou baixando um episódio de House, acho que ele me entenderia nesse momento, e provavelmente diria "Vc é um idiota, merece a sarjeta onde está!" além me dar uns tapas, mas vamos prosseguir.

Quando entrei no curso de física, provavelmente tinha os mesmos sonhos de todos que entraram junto comigo: "Quero ser um grande professor-pesquisador", eu disse tinha... Meu primeiro encontro com a senhora depressão veio logo no segundo semestre, quando eu reprovei uma matéria por 0,2. Nesse dia depois que saí da sala da professora meu mundo desabou.

Acontece que a física possui um cruel sistema de lavagem cerebral, se vc tem uma média menor que 7 ou reprova alguma matéria, automaticamente vc torna-se um lixo, um cocô, um merda, um nada, querem mais adjetivos? Vc simplesmente não existe dentro do instituto, é apenas mais um qualquer que não serve pra coisa.

Esse foi um dia ruim, ruim é pouco, acho que nunca tinha me sentido tão mal... vc tem um sonho e de repente chega alguém e fala que vc é um incapaz. Eu me senti arrasado, principalmente pq não tinha ninguém pra compartilhar aquele sentimento de invalidez (meus amigos nunca tomaram esse chazinho amargo com a senhorita depressão)...

Depois disso, eu tive certeza de uma coisa, definitivamente eu não iria seguir a carreira acadêmica. Não pq eu não queria, mas pq me foi imposto. De tanto falarem vc é um merda, vc é um merda, chega uma hora que vc pensa "realmente, talvez eu seja um merda"...

Eu sei que vcs devem estar se perguntando: "O título do post é sobre o futuro, e o kra não pára de falar do passado...", calma pessoal, o futuro é agora!

Então, eu fiquei pensando no que fazer quando me formar... pensei bastante e tive uma idéia que até aquele momento parecia ser muito boa, montar uma empresa. Falei com um amigo, o Loro, e ele ficou empolgado, pelo menos naquele instante...

Tudo estava indo +- normal, até que recebo outras visitinhas da senhorita depressão, mas dessa vez ela não só veio tomar chá, como também quiz um jantar. O Loro havia desistido da idéia, destruindo novamente todo o futuro que eu havia planejado..., agora fodeu! O que diabos vou fazer depois que terminar a graduação? acabaram-se as idéias...

Naquele dia eu estava mal, novamente. Pra tentar desabafar fui até a casa de outro amigo, o Kinder, foi quando o céu se abriu e Deus falou: Milhouse, vc é um idiota! O Kinder me fez perceber o quanto eu era um garoto mimado que queria tudo do meu jeito e não me importava com as idéias dos outros. Resumindo ele me chamou de egoísta imundo.
Quase pulei da janela do seu apartamento, mas comecei a pensar no que ele disse, e realmente ele estava certo. Eu tentei impor uma idéia minha que mudaria o futuro das pessoas que eu mais considero. Um futuro imposto que poderia deixá-las infelizes, apesar das melhores intenções.

Depois, pensando mais profundamente nas sábias palavras de meu amigo nipônico, percebi que na verdade o que eu queria era permanecer junto das amizades que criei aqui. Afinal, quem não gostaria de acordar cedo e ir para uma empresa trabalhar com seus melhores amigos? Casar, ter filhos, e ter como vizinhos todos eles, ouvindo seu filhinho falar: - "Papai, vou brincar na casa de fulano", - "Blz flho, aproveita e manda ele tomar no cú!".
Mas, claro, a vida tem que quebrar nossa cara sempre que aparece algo legal... Cada um quer ir pra um lugar, seguir seu caminho, "É o ciclo da vida" eles me disseram, Ciclo da vida my ass!!!
Como vcs sabem, é claro que quando cada um sair daqui, ninguém nunca mais vai se ver..., e eu acho isso triste..., pode ser talvez pq eu não tenha muitos amigos, mas eu realmente sentirei muitas saudades de todos.